Fotos: Alexandre Galvão / Bahia Notícias
Mesmo com protestos de vereadores de oposição e até pressão da
base governista, além de intensa manifestação do Movimento Passe Livre
(MPL), a Câmara Municipal decidiu – por 35 a 7 – manter o veto do
prefeito ACM Neto (DEM) a cobrança de 5% de ISS para incorporadoras
imobiliárias. A análise aconteceu na tumultuada sessão desta terça-feira
(6), marcada pelo ‘top 5’ musical do MPL (ver aqui, aqui e aqui) e por uma discussão que levou Marcell Moraes (PV) a comemorar
o fato de ter “300 projetos votados”, apesar de não saber se eram “bons
ou ruins”. Pouco após decisão em torno do ISS, as vereadoras Fabíola
Mansur (PSB) e Aladilce Souza (PCdoB) pediram que todos declarassem de
que forma votaram. Pedido negado pelo presidente da Casa, Paulo Câmara
(PSDB). “Votação já está superada”, decretou. Na galeria, manifestantes
do MPL protestaram durante todo o tempo, pedindo que o veto fosse
derrubado e se criasse um imposto novo, com já explicou ao Bahia Notícias o vereador Edvaldo Britto (PTB).
Quando o veto foi mantido, o movimento passou a ameaçar o andamento da
sessão: “Acabou o amor isso aqui vai virar um inferno”, gritaram.
Também na sessão desta segunda, a Câmara aprovou o fim do voto
secreto para a análise de contas de prefeitos, proposta do presidente
Paulo Câmara. “Agradeço aos vereadores e à população de Salvador, da
qual obtive diversas manifestações de apoio para a aprovação deste marco
legal em prol da transparência e da ética na política”, disse. O
vereador também ressaltou que agora tem como meta a derruba da análise
secreta em qualquer tipo de votação nos parlamentos brasileiros,
proposta que não depende apenas dele, mas também de centenas de
políticos, de diferentes esferas.
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