Estupros,
agressões físicas e homicídios eram alguns dos crimes praticados por uma
quadrilha desarticulada pela Operação Sítio Santa Isabel, deflagrada
pelos departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de
Narcóticos (Denarc), na quinta-feira (25), no Conjunto Habitacional
Sítio Santa Isabel, situado na rua Juscelino Kubitschek, no bairro de
Cajazeiras XI. A Coordenadoria de Operações Especiais (Coe/PC) também
participou da ação, que contou com o apoio da 24ª Delegacia Territorial
(Vera Cruz), efetuando duas prisões, na madrugada desta sexta-feira
(26), na Ilha de Itaparica. Toda a ação resultou na prisão de nove
criminosos, apresentados à imprensa, pela manhã, no auditório do
DHPP/Denarc.
Investigada há
seis meses pela Polícia Civil, a quadrilha tinha como líder o traficante
Antônio Pereira de Jesus, o “Paulista”, 36 anos, já preso em 2012, por
furto, em São Paulo. Além dele, foram presos na quinta-feira (25) os
comparsas Humberto Mascarenhas de Souza Filho, o “Danilo”, 22, Alex
Silva Santos, o “Leco”, 24, Fábio Souza de Jesus, 31, Joílson Batista
dos Santos, 36, e Marcelo Silva de Jesus Júnior, 18. Já Paulo Rodrigo
Silva Santos, 21, foi capturado no Hospital Geral do Estado (HGE), onde
estava internado, depois de atingido na boca por um tiro disparado por
Álisson Leal de Jesus, o “Pitty”, 20.
Dois
traficantes que conseguiram fugir ao cerco policial (Fábio Alves da
Silva, o “Binho”, 19 anos, e o próprio Pitty) foram presos, esta manhã,
numa Topic, por investigadores da DT/Vera Cruz. Os policiais chegaram
até eles por meio de denúncias sobre o desembarque da dupla na ilha,
cujo destino seria o município de Jiquiriçá, onde se refugiaria na
residência da mãe de Pitty. Outro integrante da quadrilha, Luan Reis
Carvalho, o “Sapo”, 19 anos, já estava custodiado, desde junho, no
Complexo da Baixa do Fiscal, preso por roubo. Na operação, foram
apreendidos crack, maconha, celulares, relógios, munições e dinheiro
TRAJETÓRIA
Segundo a
titular da 2ª Delegacia de Homicídios (Central), delegada Clelba Regina
Teles, os moradores do Conjunto Santa Isabel viviam como reféns da
quadrilha, que instituiu regras na comunidade. “Eles ameaçavam as
famílias de diversas formas e, se algum integrante do bando, por
exemplo, se interessasse por qualquer mulher da região, ela era obrigada
a se relacionar com o criminoso. Caso não aceitasse, sofria
retaliações, como estupros e outras agressões”, revelou.
As
investigações mostraram que a quadrilha obrigava os moradores a
guardarem drogas, além de manter a população sob total controle.
Conforme a delegada, diversas abordagens eram realizadas pela quadrilha,
obrigando os condôminos a cederem celulares para vistoria dos
traficantes e informá-los para onde iriam quando saiam da área. “Algumas
famílias, beneficiadas com o Programa Minha Casa Minha Vida, estavam
sendo obrigadas a vender os imóveis por valores irrisórios a pessoas
indicadas pelos criminosos”, acrescentou Clelba Regina.
O delegado
Jamal Amad, da 2ª DH, acrescentou que Paulista se tornou líder do
tráfico, após tomar o ponto do traficante “Chiquinho”, numa disputa onde
houve troca de tiros, vitimando uma criança de sete anos. A partir daí,
ele se uniu a Luan e “Gereba”, morto em 2012 numa troca de tiros com
traficantes rivais. Na sua residência, os policiais encontraram maconha,
três celulares e R$ 810.
Já com Fábio,
foram apreendidas uma trouxa de maconha, munições de calibre 32 e
embalagem para acondicionar droga, e com Joílson, crack, dois aparelhos
celulares e três relógios. Sete munições de calibre 38, 23 trouxas de
maconha, um pen drive e R$ 33, oriundos da venda de drogas, foram
achados na casa de Marcelo.
Os criminosos
foram autuados por associação ao tráfico e formação de quadrilha. Dois
inquéritos já foram concluídos e serão remetidos à Justiça. O bando,
suspeito de participar do homicídio do usuário de drogas Israel de Jesus
Santos, em fevereiro deste ano, em Cajazeiras, foi encaminhado à
carceragem do Complexo Policial da Baixa do Fiscal, onde ficará à
disposição da Justiça.
FONTE: SSP
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