A fala aconteceu na abertura da reunião com prefeitos e governadores, que acontece agora no Palácio do Planalto
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta
segunda-feira (24) que vai propor um plebiscito popular para fazer a
reforma política no país. "Quero neste momento propor o debate sobre a
convocação de um plebiscito popular que autorize um processo
Constituinte específico para fazer reforma política que o país tanto
necessita", disse a presidente.
Dilma Rousseff propôs ainda uma nova legislação que
considere a "corrupção dolosa (quando há intenção) como crime
hediondo", com penas mais severas. Dilma anunciou também a criação de
cinco pactos "em favor do Brasil", para melhorar os serviços públicos no
país, no seguintes eixos: 1) Responsabilidade fiscal e controle da
inflação; 2) Reforma política; 3) Saúde ; 4) Transporte público; e 5)
Educação
A presidente pediu ainda agilização na implantação da Lei de Acesso à Informação.
Dilma se reuniu com todos os prefeitos e governadores para discutir planos
A fala aconteceu na abertura da reunião com todos os
prefeitos e governadores do país, que aconteceu no Palácio do Planalto,
depois que Dilma se reuniu com representantes do Movimento Passe Livre.
"O Brasil está maduro para avançar e já deixou claro
que não quer ficar parado onde está. Devemos também dar prioridade ao
combate à corrupção de forma ainda mais contundente", acrescentou
ainda. Com o pacto da responsabilidade fiscal, ela pretende garantir a
estabilidade na economia. Sobre o segundo pacto, Dilma falou sobre
aumentar o rigor com casos de corrupção.
Presidente propôs cinco pactos para melhorar o Brasil
Saúde é o terceiro pacto: médicos importados
Mesmo com a resistência encontrada na categoria, a presidente anunciou como compromisso para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS) a importação de médicos estrangeiros. Dilma disse que médicos brasileiros terão prioridade nas vagas e somente as não preenchidas ficarão com os estrangeiros.
Mesmo com a resistência encontrada na categoria, a presidente anunciou como compromisso para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS) a importação de médicos estrangeiros. Dilma disse que médicos brasileiros terão prioridade nas vagas e somente as não preenchidas ficarão com os estrangeiros.
"Sei que vamos enfrentar um debate democrático.
Gostaria de dizer à classe médica que não trata de medida hostil ou
desrespeitosa, tendo em vista que temos dificuldades de encontrar
médico para trabalhar nas áreas mais remotas", disse a presidente. " A
saúde do cidadão deve prevalecer sobre qualquer interesse".
Dilma citou a importação de médicos que acontece em
outros países e disse que o Brasil "continua sendo o que menos emprega
médicos estrangeiros" - atualmente, apenas 1,79% do mercado da área. Nos
EUA, esse número seria de 25% e na Austrália de 22%. "Enquanto isso,
temos hoje regiões que não têm atendimento médicos. Isso não pode
continuar".
A presidente anunciou que o governo ampliará o
número de vagas para formação de médicos e para residência - serão mais
de 11 mil vagas de graduação, no total.
Quarto e quinto pactos: transporte e educação
Para a área de transportes, a presidente anunciou R$ 50 bilhões para investimento em obras de mobilidade urbana. Dilma pediu que exista uma maior transparência ao se estabelecer o valor das tarifas.
Para a área de transportes, a presidente anunciou R$ 50 bilhões para investimento em obras de mobilidade urbana. Dilma pediu que exista uma maior transparência ao se estabelecer o valor das tarifas.
Para educação, Dilma voltou a cobrar que o Congresso
Nacional aprove o projeto que destina 100% dos recursos dos royalties
do petróleo da camada pré-sal ao setor.
Dilma voltou a falar sobre os protestos que tomam as
ruas do país. "Junto com a população podemos resolver os problemas. Não
há por que ficarmos inertes, acomodados ou divididos", disse,
garantindo ouvir o povo. "O país deixou de ser governado apenas para 1/3
da população. Passou a ser governado para todos os brasileiros.".
População parou nas ruas para assistir fala da presidente Dilma
Ao fim da reunião, prefeitos e governadores disseram
concordar com os pactos propostos por Dilma. Agora, eles devem se
reunir em comissões por regiões para discutir os temas e propor
políticas que ajudem a melhorar os serviços.Todas estas informações são do Jornal Correio da Bahia
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