quarta-feira, 29 de maio de 2013

Bolsa Família reduz em 17% a mortalidade infantil, aponta pesquisa

Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Saúde Coletiva (ICS), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mostra que o Bolsa Família reduziu em 17% a mortalidade de crianças menores de 5 anos, entre os anos de 2004 e 2009, em cidades brasileiras com ampla cobertura do programa de transferência de renda do governo federal. Foram analisados dados referentes à mortalidade infantil em 2.853 locais, que representam mais de 50% dos municípios do país, que hoje tem 5.565, conforme dados do último Censo do IBGE, de 2010. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica The LancetPara o estudo, a cobertura do Bolsa Família foi relacionada com os diferentes desfechos utilizando modelos matemáticos que isolassem os efeitos do programa dos efeitos de outras intervenções ou mudanças socioeconômicas. As análises finais foram feitas sobre os municípios com melhor qualidade das informações de mortalidade.
O pesquisador italiano Davide Rasella, autor do estudo, explica que o efeito é positivo porque o programa possibilitou à população mais condições de alimentação, moradia e qualidade de vida, o que ajudou a reduzir doenças relacionadas diretamente com a pobreza, em especial diarreia e desnutrição infantil. "A transferência de renda, mesmo que em valores pequenos, pode ajudar pessoas em situação de extrema pobreza ou pobreza a melhorar a quantidade e a qualidade da alimentação. As famílias passam a ter também acesso a produtos de limpeza e farmacêuticos", detalha, sobre o estudo, que teve como variável de pesquisa o Programa de Saúde da Família (PSF).

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