Cerca de
350 pessoas dos movimentos CETA, MTD e Pastoral Rural ocupam, desde a
manhã desta segunda-feira (29), a Usina de Funil. O protesto decorre de
um suposto descaso dos poderes públicos baiano e nacional em relação a
quatro regiões da Bahia: Sul, Bom Jesus da Lapa, Senhor do Bomfim e
Cícero Dantas.
Os
manifestantes protestam contra os efeitos da seca, que dizimou parte do
rebanho baiano, a desmontagem da reforma agrária, recentemente
equiparada a medida do Programa Brasil sem Miséria e a aposta
governamental no desenvolvimento excludente baseado na exploração
mineral e monocultura de eucaliptos.
Os
manifestantes ainda protestam contra a PEC 215, que pretende retirar o
poder do executivo em demarcar territórios e transferi-lo ao Congresso
Nacional. “Estamos protestando também contra a PEC [215], pois sabemos
que o Congresso é dominado por ruralistas, que vão legislar em causa
própria”, disse um dos líderes do Movimento ao Ubatã Notícias. A
ocupação não tem prazo para encerrar e os trabalhadores estão sendo
impedidos de entrar na Usina.
MANIFESTANTES REFUTAM SUSPENSÃO DE ENERGIA
Os
manifestantes, que são de diversas cidades da Bahia, a exemplo de Ubatã,
Ibirapitanga, Vitória da Conquista, Camacan, Itagibá e Ilhéus,
confirmaram que após a ocupação de Funil o Governo do Estado marcou uma
audiência nesta terça-feira (30), em Salvador, para discutir as
reivindicações do grupo. Um dos líderes do movimento assegurou que a
manifestação é pacífica e que não há qualquer risco de suspensão de
energia das cidades da região atendidas pela Usina. Com informações de Ubatã Notícias
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