quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Paralisação de vigilantes altera funcionamento do INSS, Uefs e TCA

Do G1 Bahia
Além dos bancos, a paralisação de vigilantes, iniciada na terça-feira (26), afeta diversos estabelecimentos na Bahia.
A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e alguns dos postos da Previdência Social tiveram que cancelar as atividades.
A apresentação da OSBA estava marcada para acontecer às 20h de quinta-feira (28), no Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, mas foi adiada devido à greve. A direção do TCA informou através de nota à imprensa que “a presença de seguranças dentro do Teatro é imprescindível para a realização das atividades artísticas”. A unidade irá divulgar uma nova data para a realização deste evento.
Em relação aos postos da Previdência Social em Salvador, unidades localizadas nos bairros do Bonfim, Mercês, Periperi e um dos centros que funcionam em Brotas suspenderam atendimento. Os estabelecimentos instalados no Comércio, Centro Histórico, Itapuã e a outra unidade de Brotas estão funcionando parcialmente, com prioridade para os serviços agendados.
Já as unidades do INSS que funcionam nos municípios de Camaçari, Lauro de Freitas, Dias D'ávila, São Sebastião do Passé, Feira de Santana, Itabuna e Itaberaba, o funcionamento é parcial. Em Pojuca e Porto Seguro, o atendimento também está paralisado. Nos demais municípios, o atendimento é normal.
Uefs e Clériston Andrade
A Universidade Estadual de Feira de Santana, a 107 km de Salvador, cancelou as atividades as 15h de terça-feira (26), também em razão da greve dos vigilantes. De acordo com a assessoria de comunicação da universidade, a unidade fica em uma região afastada da cidade e, por isso, precisa do apoio dos vigilantes.
O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), também em Feira de Santana, decidiu suspender as visitas até que a paralisação seja encerrada.
Manifestação
Os trabalhadores da categoria afirmam que a reivindicação é para que as empresas cumpram a Lei 12.740/2012, que obriga a pagar 30% da taxa de periculosidade da profissão. Na manhã desta quarta-feira (27), os profissionais fizeram uma passeata na região do Iguatemi, uma das mais importantes e movimentadas áreas de tráfego na capital baiana.
A reportagem do G1 percorreu bancos no Comércio, Canela e Avenida Sete na manhã desta quarta-feira, em Salvador. No Comércio, agências do Banco do Brasil, CityBank, Santander, Caixa Econômica e HSBC não estavam funcionando. Nelas, a opção para os clientes era o auto-atendimento. Funcionários do Itaú informaram que a agência atendia apenas alguns casos, que não dependiam de transações financeiras.
No bairro do Canela, o Bradesco funcionava normalmente na manhã desta quarta-feira.
banco (Foto: Naiá Braga/G1)Banco Santander fechado (Foto: Naiá Braga/G1)
Na Avenida Sete, o Bradesco e o Santander estavam fechados. Na agência da Caixa Econômica, também fechada, um aviso informava ao público que serviços foram suspensos por conta da greve dos vigilantes. O Itaú do Canela estava aberto e os funcionários informavam que transações fincanceiras não eram realizadas.
O Sindicato dos Bancários do Bahia informou que não tem um levantamento de quantos bancos tiveram o expediente afetado em Salvador por causa da mobilização dos vigilantes. A entidade ressaltou que a lei 7.102/83, que rege a segurança bancária, estabelece que as agências só podem abrir com a presença de, no mínimo, dois vigilantes.
Interior
A greve dos vigilantes afeta o funcionamento de diversos estabelecimentos em toda a Bahia. Em Feira de Santana, nenhuma agência abriu e os clientes tiveram que recorrer aos caixas eletrônicos.
Em Itabuna, no sul do estado, a maioria dos bancos não abriu e os vigilantes foram para as portas das agências. Já em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, nas portas dos bancos haviam cartazes que indicavam a paralisação, mas algumas agências atenderam a população normalmente.
banco do brasil (Foto: Naiá Braga/G1)Cliente tentou abrir conta no Banco do Brasil
(Foto: Naiá Braga/G1)
Salvador
O músico Jadson Souza contou que perdeu tempo em ter ido até o banco na manhã desta quarta-feira. Ele foi até uma agência do Banco do Brasil na Avenida Sete, onde encontrou o atendimento suspenso. “Eu não sabia que eles iam fechar. Eu precisava abrir uma conta", lamentou.
Por meio da assessoria de imprensa, o Banco do Brasil informou que disponibiliza canais alternativos de atendimento para os clientes: internet, banco postal, salas de auto-atendimento e a central de atendimento telefônica do banco, onde é possível fazer pagamentos, transferência e uma série de transações.
O Bradesco informou ao G1 que não vai comentar o assunto. A Caixa Econômica e o Santander ficaram de se posicionar sobre o movimento da categoria.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu a seguinte nota nesta quarta-feira: “A FEBRABAN é uma entidade sem fins lucrativos que representa o setor bancário e tem como braço sindical a FENABAN, que somente negocia questões trabalhistas do setor bancário, dos bancários. Os vigilantes são empregados de empresas de vigilância e segurança e não dos bancos. Portanto, não cabe à FEBRABAN se manifestar sobre questões trabalhistas dos vigilantes. Os sindicatos das empresas de vigilância e segurança é que autorizados a se manifestar sobre o movimento dos vigilantes.”
passeata (Foto: Reprodução/TV Bahia)Passeata de vigilantes na manhã desta quarta-feira, em Salvador (Foto: Reprodução/TV Bahia)

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